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COMO TORNAR NOSSA VIDA ACADÊMICA MAIS AGRADÁVEL?


A vida acadêmica está repleta de desafios, o que não é mais uma novidade para veteranos que, mesmo já acumulando alguma experiência, frequentemente se deparam com diversas questões que irão impactar sua formação profissional. Em outra frente, temos os calouros que se deparam com um mundo novo, onde são exigidas adequações na postura em relação à própria formação, amadurecimento pessoal e profissional e amplo repertório de habilidades sociais.


Essas exigências se dão por que, nesse novo contexto, estarão sujeitos a uma variedade de situações interpessoais que irão demandar trabalhar com as diferenças, conflitos, questões pessoais e outros fatores que atravessam a vida acadêmica, como nas formações de grupos ou em discussões em sala de aula, em que várias opiniões diferentes são exposta. Há, também, a necessidade de adaptações às diversas metodologias de ensino adotadas pelos professores em suas aulas, adicionando mais uma camada de desafios nesse novo universo.


Aspectos como esses citados estão presentes na vida acadêmica, muitas vezes nos desafiando e nos fazendo evoluir, agindo assim diretamente na formação de bons futuros profissionais, que não somente contam com o conhecimento teórico, mas também com as transformações pessoais, nos provocando a sermos mais empáticos e assertivos em nossos comportamentos.


Diante de tantas novidades e desafios, não é incomum que o aluno se sinta desorientado ou sobrecarregado dadas às cobranças que vão se apresentando ao longo dos períodos, o que pode contribuir para sentimentos mais intensificados de ansiedade, insegurança e medo, podendo impactar o rendimento e a motivação, produzindo padrões elevados de autocobrança ou aumentando as chances de desistências.


Nesse sentido, a Coordenação de Apoio Discente, o CAD, busca contribuir com atendimentos, encaminhamentos, orientações para coordenações e professores, palestras, rodas de conversa sobre temas diversos, materiais digitais e físicos com dicas, entre outras ações que se preocupam em ampliar o leque de opções que um aluno terá para lidar com cada um dos desafios que apareçam na sua formação.


Ao longo de 2024, além dos atendimentos a alunos, o CAD esteve à frente de levantamentos de demandas entre os estudantes, reuniões com coordenações para compreender melhor as necessidades discentes, organização da Semana Cultural, realização de rodas de conversa e palestras, produção de textos e de materiais digitais, bem como a elaboração de um curso de nivelamento em Informática Básica e a organização da Semana de Educação, Saúde e Direito de 2024.


Dessas várias ações, destacamos a seguir, três temas que fizeram parte das iniciativas do CAD este semestre e que consideramos cruciais para o crescimento pessoal e, principalmente, o crescimento acadêmico - auxiliando-nos a vivenciar da melhor forma essa fase da vida. São eles: comunicação não violenta; autocobrança e relacionamento em grupo.



Comunicação não violenta


A comunicação é fundamental em nossa vida, e no contexto acadêmico não seria diferente, visto que nos relacionamos o tempo todo com os colegas, professores e funcionários nesse espaço. Um dos pontos principais para tornar este ambiente mais agradável é uma boa comunicação, que envolve expressão empática, objetiva e clara de ideias, contribuindo, assim, para um bom desenvolvimento pessoal e acadêmico, minimizando conflitos que podem surgir durante o percurso e agindo para buscar mediações e resoluções possíveis.


A comunicação não violenta tem seu ponto de partida com o psicólogo norte-americano Marshall Roserberg, PhD em Psicologia Clínica, pela Universidade de Wisconsin-Madison, considerado o criador dessa proposta, inspirado por alguns fatos impactantes ocorridos na sua infância, os quais o levaram a questionar sobre o que afasta o ser humano de sua natureza compassiva.


O objetivo dessa comunicação é promover a empatia, cooperação e parceria nas relações pessoais pelo modo como nos comunicamos uns com os outros. A partir da teoria desenvolvida por Marshall, os eixos da CNV são: empatia (sentir e ser percebido) e autenticidade (falar o que tem vontade de uma maneira que seja compreendido). Dentro desses dois eixos existem quatro componentes que ajudam a organizar o modo como iremos nos comunicar: observação, sentimento, necessidade e pedido.


Agora que você já conhece um pouco mais sobre este tipo de comunicação, que tal colocar em prática? A seguir, você encontrará algumas sugestões de como desenvolver essa habilidade no seu dia-a-dia.


PARE E ESCUTE: Pare o que você está fazendo para absorver com atenção o que está sendo dito;


RESPIRE: Com calma, respire fundo e inspire. Repita até se sentir mais relaxado;


PENSE: Pense em uma forma de expressar o que você sente e o que pensa sobre a situação que aconteceu, mas lembre-se, de forma assertiva (clara e objetiva) e não violenta (demonstrando empatia e intenção de ouvir);


RESPONDA: Dê a sua resposta com tranquilidade e firmeza, indicando a mudança de comportamento desejada.


Não esqueça que expressar os sentimentos também se faz necessário nesse processo, contribuindo para um diálogo construtivo e respeitoso.



Autocobrança


Embora a temática da comunicação não violenta aborde com mais frequência o relacionamento com outras pessoas, é importante prestarmos atenção na qualidade e cuidado da nossa comunicação com a gente mesmo. Padrões muito exigentes de comportamento podem ser fontes de sofrimento intenso e tendem a provocar mais conflitos nas relações interpessoais. Assim, a forma como nos relacionamos conosco é um determinante para como as pessoas irão reagir ao que dizemos e como iremos reagir a elas.


Na nossa vida, tanto pessoal quanto profissional, somos cobrados para exercer determinadas atividades e dentro dessas cobranças podemos ter um planejamento que ajude a reduzir o grau de ansiedade em relação a essas tarefas. No entanto, quando as demandas parecem causar níveis de estresse e ansiedade muito elevados, isso pode provocar uma cobrança exagerada partindo de nós mesmos sobre nossos próprios comportamentos.


Embora a autocobrança possa ser algo natural no dia-a-dia das pessoas, em relação ao seu trabalho, estudos, família etc., diversas situações podem contribuir para padrões adoecedores de autocobrança. No contexto acadêmico, algumas dessas circunstâncias são: carga excessiva de estudos; relação hostil ou muito vertical entre professor e aluno; estereótipos de perfil de estudantes por curso, perfeccionismo acadêmico etc.


Caso esses fatores se mantenham por períodos prolongados de tempo, os impactos podem ser inclusive fatais, como no caso do suicídio, que infelizmente vem atingindo grande número de pessoas dentro e fora das instituições de ensino superior. Outras consequências frequentemente observadas são: dificuldades na aprendizagem; crises de choro; ansiedade crônica; adiar frequentemente tarefas; uso excessivo de remédios ou drogas psicoativas; abandono, repetência ou trancamento do curso.


As consequências são variadas e com grande potencial de efeitos negativos na autoestima e no rendimento acadêmico dos alunos, bem como no desenvolvimento saudável de habilidades relevantes. Por isso, a identificação precoce desses sinais, que exige olhar atento de toda a comunidade acadêmica, é fundamental para que os encaminhamentos necessários possam ser realizados, como a conversa com coordenadores, ou mesmo com o CAD, incluindo, também, a psicoterapia ou a psiquiatria.



Relacionamento em grupo


A formação de grupos para o desenvolvimentos de diversas atividades é muito comum no contexto acadêmico, e até mesmo facilita a sua realização, pois assim podemos contar com contribuições de outros colegas, de modo que não se torne algo “pesado” para ninguém e somos expostos a um maior compartilhamento de ideias. Além disso, é uma oportunidade para prestar atenção em habilidades bem desenvolvidas nos outros e usar o modelo observado para treinar e desenvolver tais habilidades em si.


No entanto, não é raro que conflitos surjam logo de início, uma vez que podemos enfrentar dificuldades com as diferenças de opiniões, bem como com os estilos de comportamento de cada membro do grupo, com as bagagens distintas de experiência acadêmica, e com as variações nas idades - que implicam em padrões diferenciados de relacionamentos interpessoais -, tudo isso em uma mesma sala de aula e, até mesmo, em um mesmo grupo de trabalho.


Ainda que certo grau de conflito seja esperado, e até mesmo saudável, nos relacionamentos em grupos, caso padrões como a comunicação violenta, a autocobrança excessiva e conflitos constantes façam parte dessa dinâmica, as barreiras à relação saudável podem se agravar a tal ponto que pareça que qualquer mediação não é possível, provocando danos nas interações e na autoestima dos envolvidos.


O primeiro passo para reduzir a intensidade dos conflitos é refletir sobre as cobranças a respeito do próprio comportamento e dos outros, assim como sobre os estilos de comunicação que estão sendo adotados na lida com as dificuldades encontradas. A busca por uma solução mediada envolve a expressão habilidosa de pensamentos, sentimentos e necessidades de mudança, se dispondo a ouvir feedbacks que possam apontar tais questões nos próprios comportamentos, sem se preocupar com se justificar demais ou procurar culpados. O foco deve ser no objetivo comum do grupo, na divisão equilibrada de tarefas e no comprometimento com prazos e com a qualidade do trabalho final.


A boa notícia é que isso não é uma questão de personalidade ou que já vem com a gente no nascimento. É possível aprender essas habilidades. O treino de comportamentos relacionados à comunicação não violenta, autocobrança e relacionamento em grupo, dentre muitos outros, podem desempenhar papel fundamental no sucesso acadêmico e no fortalecimento da autonomia como um todo.


A identificação preliminar de fatores e comportamentos que possam estar impactando negativamente o rendimento do aluno envolve atenção de toda a comunidade acadêmica, incluindo os próprios estudantes, assim como é necessário que todos os membros de uma faculdade se preocupem com a elaboração e aplicação de estratégias que visem a redução desses problemas.


Caso esteja percebendo qualquer dificuldade relacionada às questões apresentadas aqui, ou a outras questões, contate o CAD e agende um atendimento: cad@unise.edu.br. Teremos prazer em ouvir você!



Autores: Luccas Cechetto (CAD), Ana Júlia de Freitas Castro, Ewerton Araujo e Robert Pereira - alunos do 8º período de Psicologia da UNISE


Data de publicação: 20/12/2024

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Atualizado em 29 de julho de 2021.

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